Agora escrevo pássaros.
Não os vejo chegar, não escolho,
de repente estão aí,
um bando de palavras
a pousar
uma
por
uma
nos arames da página,
entre chilreios e bicadas, chuva de asas,
e eu sem pão para dar, tão somente
deixo-os vir. Talvez
seja isto uma
árvore
ou,quem sabe,
o amor.
Júlio Cortázar, trad. Sidnei Schneider
É de uma beleza impar esse verso "Agora escrevo pássaros".Você alguma vez já conseguiu escrever pássaros?
Realmente, é um poema que nos faz voar
ResponderExcluirnas asas do vento e colher frutos no
pomar da imaginação! Lindo!!!
Querida poetisa, amei teu blog e estou
a segui-la com imenso prazer!
Deixo a você um abraço e meu carinho...
Bjsss
Seja bem-vinda...Flor!
ResponderExcluirAs asas do vento têm tecido uma imensa rede na qual , por aqui, tenho conhecido pessoas muito especiais.
Obrigada pela visita.Também estou seguindo seu blog.
Beijo.
Não sei se já algum dia escrevi pássaros, mas gosto de pensar que sim. Que elas, as palavras, vêm ao meu encontro, cúmplices do meu sentir, aliadas dos meus anseios...
ResponderExcluirNão sei se já algum dia escrevi pássaros, mas já senti a brisa fresca depois de algumas frases fazerem sentido.
Talvez a brisa fresca seja aliada das aves...
Beijo
Gizelda:
ResponderExcluirOs pássaros são uma constante em tudo o que faço.e eles retribuem-me visitando-me, diariamente, e escolhendo uma árvore do emu pátio interior para dormir.
eu sou meio alada, pois tenho um pensamento vadio ,lá para trás, no meu blog, tenho um poema que fala disso. assim...
beijo
Se "escrever pássaros" for...
ResponderExcluirconhecer pessoas que nos ensinam a crescer...
ajudar os que nos batem à porta ou que vamos encontrando pelo caminho...
acarinhar um animal indefeso...
libertar emoções e sentimentos que sabemos que nos prendem o voar...
sentir as palavras que se dizem ou escrevem...
reconhecer erros e preparar novos caminhos...
.............
e podia continuar, mas sei que não conseguiria dizer tudo, pois os pássaros estão sempre a nascer, e ainda bem!
Acho que lhe povoei o espaço com um bando deles! :) Às vezes dão-me asas e... desculpe se causei algum "desassossego"! Bem me parecia que o seu poema ia suscitar um diálogo interessante! :)
Gostei muito do que escreveu.
Beijinho
Acho que sim, AC, os seus textos têm asas.
ResponderExcluirO casamento das palavras com a brisa transformam-se em pássaros em suas mãos. Talvez , venha daí, a fluidez de seus poemas.
Beijos
Pode ser isso, Em@, os pássaros reconhecem o lugar que lhes dá pouso e se deixam ficar.
ResponderExcluirMaravilha ter asas nos poemas e na vida.
Beijos.
JB...você escreve muitos pássaros.
ResponderExcluirE eles são desassossegados, por natureza, portanto cabem aqui, ali, alhures, enfim...onde há pássaros há vôo e isso é, no mínimo, irresistível.
Beijos
Gizelda, que saudades de 'escrever pássaros'. Do tempo em que as palavras vinham até mim num voo dócil e leve. De as sentir pousar levemente nos arames das minhas páginas. Agora escrevo 'águas paradas', palavras que pairam e boiam sem sentido, á espera de uma corrente forte que as leve de volta onde elas um dia pertenceram. A inspiração está onde menos se espera, mas neste momento sou eu quem espera por ela. Que saudades de escrever pássaros...
ResponderExcluirBeijinho :)
Querida Helga...
ResponderExcluirVocê tem tantos pássaros pousados em suas páginas que não tem importância que eles descansem um bocadinho.
Na hora certa eles voltarão, pode estar certa . É só um momento de pouso para depois , a revoada.
Beijos.
Passei para lhe desejar um bom dia com pássaros.
ResponderExcluirBeijos
Obrigadíssima, AC...
ResponderExcluirQuem nos os tem em palavras, tem que tê-los no coração. São os meus.
Beijos.O mesmo para você