quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A convicção ( falsa) de que se tem outra oportunidade.



Havia de ter a sensatez de não folhear os álbuns de fotografias; mas não conseguiria deixar de visualizar as imagens que tinha na cabeça – dos momentos desperdiçados porque se supunham infinitos, das noites em que os dois, cansados, se tinham contentado com uma breve carícia em vez de um enlace impetuoso, voltando as costas um ao outro e dispondo-se a um sono gratificante, na convicção total de que ambos teriam outra oportunidade, no dia seguinte, ou no sábado de manhã.

Todas essas oportunidades tinham sido enfiadas numa bola de trapos, que um destino indiferente se encarregara de arremessar para bem longe.”


Um Natal Que Não Esquecemos/ Jacquelyn Mitchard

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