quarta-feira, 12 de maio de 2010
Um exercício de autoconhecimento.
Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar.
(...)mas quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou eu quando nela estiver, Não o sabes, Se não sais de ti, não chegas a saber quem és...
(...) é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não nos saímos de nós.
(...)o sonho é um prestidigitador hábil, muda as proporções das coisas e as suas distâncias, separa as pessoas, e se elas estão juntas, reúne-as...
A Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura de si mesma.
Saramago in "A Ilha Desconhecida".
http://www.releituras.com/jsaramago_conto.asp - É imprescindível ler mais.
"Buscar a si mesmo" na imagem poética de uma ilha misteriosa, assim como são misteriosos os sonhos humanos, reflete um desejo universal, desde tempos ancestrais.
É filosófico afirmar que "todo homem é uma ilha", e o personagem do conto quer descobrir a si mesmo, o sentido de sua existência.
A ilha desconhecida é a imagem metafórica da consciência, de "o mundo interior". E se somos ilhas, aí está um exercício de autoconhecimento.
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