quinta-feira, 13 de maio de 2010
...porque nos perdemos se a cada passo te encontro.
(...) Amo-te tanto que te não sei amar , amo tanto o teu corpo e o que em ti não é o teu corpo que não compreendo porque nos perdemos se a cada passo te encontro, se sempre ao beijar-te beijei mais do que a carne de que és feita, se o nosso casamento definhou de mocidade como outros de velhice, se depois de ti a minha solidão incha do teu cheiro, do entusiasmo dos teus projectos e do redondo das tuas nádegas, se sufoco da ternura de que não consigo falar, aqui neste momento, amor, me despeço e te chamo sabendo que não virás e desejando que venhas do mesmo modo que, como diz Molero, um cego espera os olhos que encomendou pelo correio.
António Lobo Antunes - Excerto de "Memória de elefante"
Simplesmento lindo!
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Ai, como amar dói. Ai, como gosto de sentir o amor doer tanto que, ao ler sobre ele, me arraso... E nas lágrimas sangrando, pouco a pouco trazem a ilusão de que tal ferida vale a pena... Esse amor vale a pena ...
ResponderExcluirnossa, Gi.... vc acabou comigo
!
rs beijos
Minha querida Thaís...quem acabou com vc não fui eu, foi Lobo Antunes, mas Drummond também disse com toda propriedade : amar amaro!
ResponderExcluir...melhor sofrer por amor do que ter o coração vazio.
Bjs.