Não fora a foto no porta- retrato, eu diria que inventei você.
Entre amarelos e roxos você ficou na minha memória como um inconfundível momento azul.Na realidade etérea colibris cantavam intermitentes ,esperando que você se fosse, mas você vinha.
E ficava.
O minuto tinha sabor de horas que se esgotavam em sonhos tão palpáveis que minha alma não ousava acreditar.Nem minhas mãos.
Breves longos instantes , sabor agridoce de volúpia e medo.
Há quantos tempo? Ecos indistintos ,a volta em uma névoa esmaecida do nunca mais.
Foram-se ,você e a vida...
Não fora a foto no porta -retrato, eu diria que inventei você...
...para alguém que se foi, mas não esmaeceu.
Querida Gizelda,
ResponderExcluirmuito bonito como você descreveu essa ligação a alguém que hoje está num porta-retrato.
mas nas coisa do amor, muito no fundo, eu acho que no início, nós inventamos muito o outro...daí as desilusões, o ter que refazer o retrato...o ter que nos adaptarmos ao novo outro que afinal sempre foi assim...nós é que o pintávamos, por dentro e por fora, de outras tonalidades e texturas.
beijo querida.um bom fim-de-semana par si.