domingo, 10 de abril de 2011

Sobressaltos do coração.



Uma semana “dura de viver”...

 Viver com leveza...sem dúvida, esse deve ser o segredo da longevidade.Deixar prá lá, não se estressar, ser feliz a qualquer preço...e de repente , você se olha e percebe que não consegue ser assim. Nem viver assim.

Por mais que se estabeleça uma rotina de obrigações e lazer, somos  assaltados por acontecimentos que nos desnorteiam e faz-nos questionar  a validade do que somos e do que fazemos.
Os dias nascem e morrem em uma sequencia lógica e indiferente ao que fazemos deles e , nós, humanos (?) vamos conduzindo a vida com bestialidade e inconsequência.

Estou vivendo maus momentos, sim. Não em relação a algo ou alguém., em relação a mim  e o que tenho ainda a fazer. Ou fiz.

Um massacre gratuito em uma escola, ceifando vidas, sonhos , famílias;a morte  estúpida de uma garotinha angelical; um  trabalho exaustivo “jogado fora”abalaram , profundamente, minha saúde física e emocional .

Estou sobressaltada...o coração me pulsa no pescoço com uma velocidade anormal. Não consigo ser indiferente como se essas coisas não me dissessem respeito. Dizem , sim, e não só a mim. A todos nós.

Nenhuma manhã do ano consegue ser mais azul que as manhãs de abril. Um mês luminoso, dourado, onde o outono preenche a natureza de amarelo, símbolo de luz.

Olho para fora e vejo a vida. Uma oferenda preciosa para todos.Quantos de nós se apercebem disso? O que fazemos para merecê-la?



14 comentários:

  1. Pois apesar de todas as tragédias que t~em abatido o HOMEM DEUS ainda nos diz bem forte em meu coração - EU ESTOU AQUI e então minhas manhãs de Abril bem sei que serão azuis e coloridas, assim como todos os outros dias.
    Teu texto é simplesmente ADORÁVEL...
    Abraços

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  2. Perante o que diz, perplexidade é sinal mínimo da não aceitação dum certo rumar do mundo. Mas a verdade é que as coisas não podem ser escamoteadas, estão à vista (e sujeitas ao sofrimento) de todos.
    Que dizer? A vida continuará a sua órbita, seja ela qual for. E a nós nada mais resta que tentar entender e harmonizar. Porque não há outro caminho, o contrário será desistir. E a esperança nunca pode entrar em falência.
    Como eu a entendo, Gizelda!

    Beijo :)

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  3. Gizelda,

    Mesmo sem saber do meu regresso, não consigo ficar indiferente às suas palavras...

    "...somos assaltados por acontecimentos que nos desnorteiam e faz-nos questionar a validade do que somos e do que fazemos."

    É, por vezes, tenho a sensação (dolorosa) de que estou mesmo fora de validade, fora de mim, e mesmo de olhos fechados a verdade continua ali e ainda se torna mais angustiante... A nível pessoal, sim, mas também a nível de tudo o que se passa à nossa volta. Há realmente coisas que não podemos mudar, outras que nunca iremos entender e deixar correr os dias assim também não me parece que nos enriqueça em nada... Mas o tempo não pára mesmo e receio muito todas as vezes que me sinto parada no tempo... sem perceber...
    E as questões assolam-nos, e as dúvidas persistem e a vontade de continuar é tanta...

    Beijos do coração, Gizelda!

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  4. Comungo de seu amargor, querida Gizelda.São poucos os que reconhecem o valor da vida.

    Beijos, com meu carinho.

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  5. Minha querida, como somos parecidas...
    mas temos que nos aguentar e viver um dia de cada vez.tentar prestar atenção às coisas bonitas que nos podem ajudar a ultrapassar o sofrimento.neste momento os passarinhos regressam aqui para as minhas àrvores no meu pátio interior e lá para cima para o meu jardim rente ao céu. e eu tento ouvir o canto deles, depois de ter verificado se os bebedouros tinham àgua e as tacinhas ccmida.
    beijo no <3

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  6. Minha Querida
    Já tinha lido por aí que não estavas bem!É claro que tudo o que acontece á nossa volta e mesmo connosco, bombeia demais o nosso coração! Não podemos ser indiferentes mas,podemos olhar os acontecimentos com simplicidade, como "coisas que tinham de acontecer" independentemente da nossa vontade e esforço!.
    Goza as tuas manhãs de Abril de um azul diáfano que convida a VIVER!
    Mil beijos
    Graça

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  7. "O que fazemos para merecê-la?". E os outros, que fazem eles para que a vida os ignore? E é duro constatar que tudo se veste de uma aleatoriedade injusta e discriminatória.

    Um beijinho, Gizelda

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  8. Sabe amiga, me emociono muito diante das suas palavras... São tantas as coisas que vem para nos entristecer... É necessário se ter muita fé, para sobreviver...

    Li também sobre a partida de Helena...
    Um anjinho que com toda certeza está radiante ao lado do Criador...
    Deus Pai nosso Senhor haverá de dar forças e compreensão a todos que a amaram e amam aqui na terra...

    Paz seja contigo minha amada amiga!

    Carinhos de saudades pra ti menina adorável...
    Beijos

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  9. Minha querida Gizelda

    Que bem expressa o que a idade nos vai ensinando e a incapacidade e a impotência de nos pormos à margem das rodas transviadas do destino.Lendo-a, leio-me no que escreve no papel e na alma.A vida é um interrogação sem respostas, porque indecifrável nos seus mistérios.Há os que passam por ela indiferentes às questões, mas não os que carregam a doçura da boca dos poemas e das palavras, erguendo-as no azul, em busca de um qualquer céu que nos apazigue.
    Fica o meu abraço muito redondo, carregado de saudades.

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  10. Gizelda,

    Espero que esteja bem, dentro do possível!

    Passei para deixar um beijinho, com saudades!

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  11. Gizelda,

    Dê um pequenino aceno, por favor!

    Beijinho

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  12. Gi querida.

    Hoje leio seu ultimo texto, percebo nele os mesmos sentimentos que me atormentam nos ultimos dias. Meu ultimo post, no meu blog, de outra maneira, fala tb sobre isso.
    Achei incrivel o trecho: "(...)vamos conduzindo a vida com bestialidade e inconsequência".
    Sim, é assim que me vejo: uma besta inconsequente. rs.
    Bom alimentar-me de voce.
    Carinho e saudades
    Tati

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  13. Não sei ao certo a que você se refere quando fala sobre "trabalho exaustivo jogado fora", só o que posso dizer é que aprendo muito nas suas aulas, e olha que nem sou aluna, hein??? Ou sou!?!
    Com carinho,
    Mariana Mosca
    Liceu Albert Sabin - 4 C

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