
Há muitas, quase infinitas maneiras de ouvir música. Entretanto, as três mais freqüentes distinguem-se pela tendência que em cada uma delas se torna dominante: ouvir com o corpo, ouvir emotivamente, ouvir intelectualmente.
Ouvir com o corpo é empregar no ato da escuta não apenas os ouvidos, mas a pele toda, que também vibra ao contato com o dado sonoro: é sentir em estado bruto. É bastante freqüente, nesse estágio da escuta, que haja um impulso em direção ao ato de dançar.
Ouvir emotivamente, no fundo, não deixa de ser ouvir mais a si mesmo que propriamente a música. É usar da música a fim de que ela desperte ou reforce algo já latente em nós mesmos. Sai-se da sensação bruta em entra-se no campo dos sentimentos.
Ouvir intelectualmente é dar-se conta de que a música tem, como base, estrutura e forma. Referir-se à música a partir dessa perspectiva seria atentar para a materialidade de seu discurso: o que ele comporta, como seus elementos se estruturam, qual a forma alcançada nesse processo.
Adaptado de J. Jota de Moraes, O que é música.
Gizelda
ResponderExcluiro seu post me inspirou a colocar uma música no meu blog. Sim, porque a ouço com o corpo, emotiva e intelectualmente.
Quanto a essa última forma de ouvir, acrescento a maturidade, o passar dos anos. Afinal, quantas e quantas músicas que escuto há anos só estão sendo "ouvidas" apenas agora.
O seu post é perfeito!
Beijos.
Oi, João...
ResponderExcluirÉ recíproco. Tenho refletido sobre os assuntos expostos no seu blog e venho descobrindo , um pouco mais, sobre mim.
Obrigada pela visita.
Bjs.