domingo, 14 de dezembro de 2008

in Cem anos de solidão



"O Coronel Aureliano Buendía arranhou durante muitas horas, tentando rompê-la, a dura casca da sua solidão. Os seus únicos momentos felizes, desde a tarde remota em que seu pai o levara para conhecer o gelo, haviam transcorrido na oficina de ourivesaria, onde passava o tempo armando peixinhos de ouro. Tivera que promover 32 guerras, e tivera que violar todos os seus pactos com a morte e fuçar como um porco na estrumeira da glória, para descobrir com quase quarenta anos de atraso os privilégios da simplicidade” (p. 166)

Imperdível...( Garcia Marques ).

"Ler Cem Anos de Solidão é sentir saudade, é contemplar o pôr-do-sol pensando em alguém, desejando seu abraço, seu olhar, o sorriso e ao mesmo tempo, a cada página lida, perceber que o fim está se aproximando, que o alaranjado celestial não é eterno e que aquele olhar/sorriso já não existe mais além da dor da lembrança.

É um livro sobre o tempo, um livro triste que vai rasgando por dentro, sereno, como se fosse um amor que estivesse acabando e nada mais se pudesse fazer além de esperar o fim.

"Gabriel García Márquez brinca com o tempo, transita no presente, vai pro futuro, volta pro passado… tudo numa naturalidade que não fragmenta, nem impede o fluxo da história. O melhor de tudo é que Gabriel García Márquez faz isso com simplicidade, deixando a impressão de que até parece ser fácil." by Thiago Corrêa

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