quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Em 2013 , invente seu próprio jogo.


FELICIDADE REALISTA 

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
 Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
 E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.
 Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
 Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. 
Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. 
Invente seu próprio jogo.
 Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

Mario Quintana

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Os presentes que a vida nos dá.



  • Sempre tem aquela pessoa que passa por nós, que infelizmente sabemos que cruza o nosso caminho por um tempo limitado. A seguir, vamos criando certezas e entre essas certezas fica aquela: sempre vamos conhecer inúmeras pessoas, nas mais variadas fases de nossa vida, nos mais diversos lugares... cada uma com uma especialidade, porém o que as diferenciam é exatamente a especialidade que decidem deixar, esta é inata, é um brilho próprio, que move e comove. Pois é, o seu brilho permaneceu no tempo e hoje quando escrevo um texto, surge o pensamento..."como eu queria que ela lesse isso", não por vaidade, por achar que o texto é digno de uma leitura de uma profissional tão estimada, mas é por querer compartilhar palavras que vieram de um lugar chamado coração. Talvez seja essa a maneira de te agradecer por tanto incentivo, te entregando o valor que destino a cada frase. Obrigada por ter aproveitado todas as oportunidades que teve ao estar em inúmeros caminhos como o meu. Te desejo um Feliz Natal e um Ano Novo abençoado. Que Deus proteja você e toda sua família  Deixo abaixo um texto que criei esta semana, faltam algumas correções. Um grande abraço, Mariana.


    • Além do nosso Jardim

      As bolas coloridas dispostas em perfeita simetria, reluzindo em luzes a mesa do jantar com os mais variados sabores. O som de uma música natalina impede de ouvir os choros e o pedido de “socorro” que vem lá de fora. Prefiro acreditar que o motivo seja a altura. Poderiam abaixar o som! Enquanto isso os olhares se desviam para o presente com laço de fita de cetim, ocupados demais para enxergar os rostos que o vento deixou à mostra.
      E sempre surge aquela pergunta: você gosta deste, ou prefere aquele outro? Seja para as receitas culinárias, para o vinho ou para a surpresa que estava sob a árvore. Que dúvida! Deve ser esse o motivo de não pensarmos além do nosso próprio jardim!
      Sem ouvidos, sem olhos, sem o cheiro da terra molhada que uma lágrima molhou. Pudesse mesmo a tecnologia elaborar bolas coloridas com luzes sem tempo limitado. É uma pena! A noite termina, as luzes se apagam, todos dormem esperando o famoso Velhinho! Nem por isso a cidade deixa de brilhar, brilho de luz interior que esperam por um novo começo e que esse seja Feliz como tantas promessas. No farol da esquina, ou naquele do mar, em uma casinha que a luz de uma vela acendeu um presépio. Tudo tão simples e pouco distante de nós!
      Amor... Fazemos tantas promessas e materializamo-lo nos lindos presentes expostos em vitrines, sem perceber a ausência física que estende o vazio existente em nós!
      Quando a fé instiga a sonhar com o desembrulhar de um sorriso, um carinho e um cuidado, o mundo está ocupado demais na perfeição do momento e da disposição das bolas coloridas na árvore de Natal. Só esqueceu-se de notar que essas mesmas bolas coloridas não refletem somente a mesa do jantar, como também os olhares daqueles que em uma noite natalina, buscam o calor que nenhum agasalho pode trazer... Calor humano!

      Obrigada, Mariana... Alunos passam , pessoas ficam, assim você aqui está. Que as bençãos divinas se multipliquem para realizar seus sonhos  e que você possa continuar- em todos os Natais- a espargir o carinho e as delicadezas que a tornam tão especial.
      Um grande beijo.

    sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

    Vasculhando gavetas da alma.




    Não foram pelas palavras em um cartão no meu presente, nem ainda por presenças gostosas aqui em casa.Não.Escrevo por mim mesma e pelas pessoas de quem eu gosto, sem motivos, nem porquês.
    A gente é.
    Eis aí um verbo que sobra –ser.

    Não é preciso complemento.Quem disse que esse é um verbo de ligação? Quem é, simplesmente é.
    É tudo. Só é.
    E nós somos, portanto é muito bom usufruir do convívio entre nós. Como o verbo é superlativo, sempre sobra para os que o rodeiam, inclusive eu.

    Está aí mais um ano inteiro ( quase...)para ser vivido, trabalhado,conquistado.Juntos, o nosso objetivo é o mesmo : tirar dele o néctar, o mel, a polpa, o alimento , mesmo que haja picadas, mesmo que experimentemos o amargor da casca. Tudo isso só se torna relevante quando dividimos com pessoas que passeiam em nosso coração.

    Encontrei-me no “ Camelo Ancorado”, na página 55 : “folha caída, ferida, ao vento, sem rumo na vida”. Não é lindíssimo isso?De onde o Ubaldo tirou esse camelo?

    Porém, por natureza, tenho certeza de que, em breve, estarei no caminho certo, mesmo sabendo que “viver é muito perigoso”(G.Rosa).
    Os atalhos e desvãos fazem parte da travessia.

    Não me chamo Pedro Orosio( Recado do Morro) e ninguém me avisou das emboscadas, mas tenho aprendido a realizar muito mais do que posso com heróis de ficção que me foram doados por heróis das palavras.

    Nesse momento de “eu-sozinha-onde me encontrar?” garimpei entre muitos alguns versos de 25/07/69

    Presença.
    Como é possível alguém ausente
    Se fazer presente em tanta gente?


    Claro que isso tem um endereço certo! Há 40 anos essa ausência continua presença na minha vida.As belas lembranças projetam uma vida paralela que nos alimenta. Nada de rejeitar o presente, mas reconhecer que sou hoje o que o ontem fez de mim.


    Em uma velha agenda : 29/02/96 ,às 9.52hs...
    Poderia ter sido escrito agora, porque continuo a pensar assim após 17 anos.

    quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

    O melhor só se adquire à custa de muito sofrimento.

                                 



    Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura na terra.A partir do momento em que deixa o ninho começa a procurar um espinheiro-alvar e só descansa quando o encontra.Depois,cantando em galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agugo e mais comprido. E , morrendo,sublima a própria agonia e despede um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol.Um canto superlativo, cujo preço é a existência.Mas, o mundo inteiro para para ouvi-lo, e Deus sorri no céu.
     Pois o melhor só se adquire à custa de muito sofrimento...pelo menos é o que diz a lenda.

    Colleen McCullogh in " Pássaros Feridos".

    Quem somos senão pássaros feridos? O quinhão de felicidade que nos cabe é, quase sempre, respaldo de muita dor. Sem dúvida,na colheita da felicidade, a dor de todos é igual.



    segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

    À margem.


                                   



    Moro no lado cinzento que anuncia a tempestade,na linha do horizonte triste onde o mar sujo se torna céu.

    Às vezes, sinto-me como se estivesse sentada na margem errada do rio, na margem errada da vida.

    Não tenho desejo de partir. Não tenho desejo de ficar. Ah...poder tecer um novo regresso!
    De onde? Pra onde?

    Entender que as horas se fazem à revelia. Que a vida é uma eterna expectativa...de quê?

    E perdida. E ansiosa. E inquieta...vivo à espera de algo que não sei o que é,quando chegará e qual o seu destino.

    Certeza apenas da espera.

    O difícil é aceitar o desperdício do instante real , mas que, como areia, me escapa.