Desde sempre ,
acostumei-me a gerenciar minha vida, mesmo que a prioridade não fosse eu.
Escolhas difíceis cujas consequências não foram as esperadas aconteceram, mas
não foram regra. Não obstante "virar a mesa" - e recomeçar- sempre me
aconteceu.
Claro que, premida por circunstâncias incontornáveis, cedi algumas - muitas- vezes, sempre com a incômoda sensação de estar inadequada e transitória naquele momento e naquele lugar. Assim como uma peça do quebra-cabeças, a definitiva,que não se encaixasse por estar na moldura incorreta.Viver isso sempre foi, literalmente,um inferno, mas...
sempre se podia voltar prá casa.
Casa, o que é casa?Um belo apartamento? Um amontoado de tijolos que enfeita uma esquina? O quê?...a resposta dói.
Casa , a nossa, é onde
estão nossos pais, nossos avós, nossa raiz.Nós construímos casas para nossos
filhos que vem e vão ao sabor da vida.Somos a casa deles.Mas a nossa casa é
outra.É onde fomos queridos, amados, desejados, sempre.
Ainda agora, sentada na minha sala, o prenúncio da Páscoa no ar,sinto uma vontade infinita de voltar prá casa.E não a tenho mais.
Quando nossos pais se
vão, desmancha-se a nossa casa. Temos um domicílio,um endereço,uma paragem,mas
nunca mais poderemos voltar prá nossa casa....
Um dia inacreditavelmente azul entra pelas largas portas de vidro. Doura, nesse momento,muitos e muitos outros domicílios de pessoas que, como eu, sabem , dolorosamente, que não podem mais voltar prá casa...
Que linda esta crônica, Gizelda! Beijo carinhoso
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