segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

À margem.


                               



Moro no lado cinzento que anuncia a tempestade,na linha do horizonte triste onde o mar sujo se torna céu.

Às vezes, sinto-me como se estivesse sentada na margem errada do rio, na margem errada da vida.

Não tenho desejo de partir. Não tenho desejo de ficar. Ah...poder tecer um novo regresso!
De onde? Pra onde?

Entender que as horas se fazem à revelia. Que a vida é uma eterna expectativa...de quê?

E perdida. E ansiosa. E inquieta...vivo à espera de algo que não sei o que é,quando chegará e qual o seu destino.

Certeza apenas da espera.

O difícil é aceitar o desperdício do instante real , mas que, como areia, me escapa.

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