sexta-feira, 13 de maio de 2011

...um inconfundível momento azul.

Não fora a foto no porta- retrato, eu diria que inventei você.

Entre amarelos e roxos você ficou na minha memória como um inconfundível momento azul.Na  realidade etérea  colibris cantavam intermitentes ,esperando que você se fosse, mas você vinha.
E ficava.
O minuto tinha sabor de horas que se esgotavam em sonhos tão palpáveis que minha alma não ousava acreditar.Nem minhas mãos.
Breves longos instantes , sabor agridoce de volúpia e  medo.
Há quantos tempo? Ecos indistintos ,a volta em uma névoa esmaecida do nunca mais.
Foram-se ,você e a vida...

Não fora a foto no porta -retrato, eu diria que inventei você...


...para alguém que se foi, mas não esmaeceu.

Um comentário:

  1. Querida Gizelda,
    muito bonito como você descreveu essa ligação a alguém que hoje está num porta-retrato.
    mas nas coisa do amor, muito no fundo, eu acho que no início, nós inventamos muito o outro...daí as desilusões, o ter que refazer o retrato...o ter que nos adaptarmos ao novo outro que afinal sempre foi assim...nós é que o pintávamos, por dentro e por fora, de outras tonalidades e texturas.
    beijo querida.um bom fim-de-semana par si.

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