sexta-feira, 25 de junho de 2010

...é preciso pousar.



Quase uma semana de bloqueio...total,real, irreversível.Sem entender o que leio,sem escrever, sem selecionar textos,nada.
Vazio de mim, branco absoluto, névoa densa, espessa,enrosco sem portas ou janelas.
Eu-refém de uma sensação estranha e impalpável que não quero e ,ao mesmo tempo reluto em soltar.
Intangível presença que me povoa a alma, tornando-me ausente de pessoas, de coisas, de mim....
Flutuo no espaço infinito sem chance de pouso.
E , no entanto, é preciso pousar...

10 comentários:

  1. Gizelda, minha querida e sábia Gizelda. Sempre presente nos momentos menos bons e também nos melhores, desde o primeiro dia que aqui cheguei. Sempre com uma palavra de carinho e incentivo.

    Não poderia deixar de partilhar consigo este voo de profunda angústia, de busca pelo sossego da alma e de onde pousar. Sentimento de perda, de impotência. Nada satisfaz, nada alegra. Nada compensa.

    Creio que precisamos destes momentos para nos erguer de novo. De nos entregar a eles de corpo e alma. É no meio do caos do nosso espírito que ás vezes encontramos a calmaria que procuramos.

    Saber desfrutar da dor e aprender com o vazio que ela nos deixa, não é fácil, porém é um direito que nos assiste e do qual jamais devemos fugir.
    Tudo precisa de tempo. A alegria. A saudade. A dor. A tristeza. O vazio.

    Se precisar de falar ou de simplesmente não dizer nada, eu estou aqui, no mesmo sítio... igualmente à procura do meu poiso. Da minha paz e do meu rumo.
    Sei que vamos encontrar o que ambas procuramos.

    Beijinho grande e com carinho

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  2. O cansaço não poupa ninguém, mas às vezes é tão subtil a forma como se insinua que quase não damos por ele. E insistimos.
    Temos que saber ler os sinais e... parar por uns tempos.

    Abraço

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  3. Queria muito ter desses cansaços inspirados!

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  4. Querida, Helga...
    Fiquei tão comovida com suas palavras que tive vontade de tirá -las daqui e guardá-las só para mim, mas ...pensei melhor e achei que partilhá-las é o mínimo que faço, uma vez que podem cair n´alma de pessoas que estejam " vazias" como eu, nesse momento.

    Claro que vai passar, mas a impaciência faz com que a gente queira antecipar algo que tem hora certa para acabar.

    É inacreditável alguém tão longe- você- estar tão perto...mas, mais que isso, é muito bom.

    Obrigada, minha querida , por sempre estar aqui com a palavra que eu preciso ler e com sua luminosa presença;

    Muitos beijos.

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  5. Oi, AC...

    É isso mesmo, algo parecido com o que eu li no seu blog em " Pausa".Acho que é mais que cansaço, é impotência.

    Quando é que as pessoas vão aprender que podem muito pouco diante do que há para lhes acontecer? Eu realmente preciso aprender muito, ainda.

    Beijos. Obrigada por estar aqui.

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  6. Adriano...

    Antes fosse só cansaço, porque este é presença. O que há é vazio mesmo. E não houve inspiração, só desabafo.(rs)

    Estou indo visitar vc. Obrigada pela presença.

    Bj.

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  7. Gizelda,
    Desassossego (a única palavra - no singular! - com 5 ésses que conheço), lembra Fernando Pessoa e seus heterônimos, símbolo maior daquilo que esse vocábulo exprime e expressa...
    Prazer estar-me aqui, moça do Ribeirão...

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

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  8. Pedro...

    Não lembra F.P. , é ele inteiro!Se é que alguém pode dizer que " se apropria" de F. P. ainda que seja de uma mínima parte.

    Adorei sua visita. Obrigada.

    Beijo.

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  9. Num momento "carregando a música na alma", e lendo seu texto, me lembrei de um ditado que diz que são os intervalos sem som que constroem as mais belas sinfonias...
    Esses "espaços vazios" são mais válidos do que nossa ansiedade nos permite avaliar...
    Bons caminhos...
    Bjs
    Vamn

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  10. Vanessa...

    estava com saudades de sua presença aqui
    Mas, vc é supreendente , quando aparece. Apenas... até a sinfonia aparecer , o silêncio e o vazio são assustadores.

    Beijos. Obrigada.

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