quarta-feira, 19 de agosto de 2009

À margem.



Moro no lado cinzento que anuncia a tempestade,em linha do horizonte triste onde o mar sujo se torna céu. Às vezes, sinto-me como se estivesse sentada na margem errada do rio, na margem errada da vida.

Não tenho desejo de partir. Não tenho desejo de ficar. Ah...poder tecer um novo regresso! De onde? Pra onde?

Entender que as horas se fazem à revelia. Que a vida é uma eterna expectativa...de quê?

E perdida. E ansiosa. E inquieta...vivo à espera de algo que não sei o que é,quando chegará e qual o seu destino. Certeza apenas da espera.

O difícil é aceitar o desperdício do instante real , mas que, como areia, me escapa.

4 comentários:

  1. uau! quanto mais eu leio, mais eu tenho certeza que não importa o quanto eu escreva sempre vão ter textos que me fazem achar que não vou ser capaz de escrever assim, por mais que eu queria MUITO! esse é um deles! hehehe...mas isso é bom! é inspiração que desafia, que traz o famoso "desassossego"! hehehe....

    ResponderExcluir
  2. Gabi...
    se não fosse você , seria você.
    Obrigada por mais uma visita.
    Você é sol.
    Bjs.

    ResponderExcluir
  3. Depois da Gabi, tudo que eu escrever aqui será redundante.
    Gizela, você é uma pessoa incrível. Isso porque só conheço as suas palavras, mas tenho certeza que é grande coisa!
    Sou mais uma fã desassossegada na sua lista! =)

    Beijao

    ResponderExcluir