quarta-feira, 29 de abril de 2009



Esperando a hora em que tudo pode mudar...e mudará, com certeza!

sábado, 18 de abril de 2009



Deus nos dá pessoas e coisas,
para aprendermos a alegria...
Depois, retoma coisas e pessoas
para ver se já somos capazes da alegria
sozinhos...
Essa... a alegria que ele quer"



Guimarães Rosa... porque faz bem para a alma, sempre!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Paula.


Excertos

"Silêncio antes de nascer, silêncio depois da morte, a vida é um mero ruído entre dois insondáveis silêncios."


"Os filhos, como os livros, são viagens ao interior de nós próprios, nas quais o corpo, a mente e a alma mudam de direcção, regressam ao próprio centro de existência."


"A mente selecciona, exagera, atraiçoa, os acontecimentos esfumam-se, as pessoas esquecem-se e, no fim, resta apenas o trajecto da alma, esses escassos momentos de revelação do espírito. Não interessa o que me aconteceu, mas sim as cicatrizes que me marcam e distinguem."

Isabel Allende
Ela garante que esta obra não é sobre a morte. "O meu livro Paula é uma memória trágica da história da morte de uma jovem rapariga, mas sobretudo uma celebração da vida. (...) A sua longa agonia deu-me a oportunidade única de rever o meu passado."


Uma obra sensível , profunda , mostra até onde o amor nos torna resistentes à fatalidade. E nos põe de pé.

domingo, 5 de abril de 2009

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá.




A vida flui em ciclos que se abrem e se fecham,e embora nunca tenhamos a exatidão do que foram para nós, deixam marcas, influências, tristezas, alegrias.Às vezes, passam-se anos e anos sem que nos demos conta de algo que nos aconteceu, que deixamos passar por imaturidade, falta de visão, até ausência de poesia no modo de olhar o tempo, o precioso tempo.

Mas, tudo, absolutamente tudo está no seu lugar , esperando a hora de acontecer, sem porquês, apenas porque era milimetricamente planejado para ser nosso, não importa quando,nem onde.

Assim redescobri- ou descobri- , nesse fim de semana, a mágica poesia de " O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá". Tenho certeza de tê-lo lido ,mas não devia ser o momento.Uma fada o trouxe até mim, porque fadas, como dizem as crianças, povoam nosso cotidiano, apenas não sabemos reconhecê-las.Nesse ano, uma cruzou o meu caminho e se mostrou. E eu, felizmente,fui tocada por ela.Em tempo.

Livro para crianças???? Engana-se quem pensa que é, embora só a sensibilidade infantil da nossa alma possa captar magia e alumbramento.

Para quem passou o final da semana passada lendo e analisando "Ensaio sobre a cegueira", sem dúvida , a obra é o bálsamo.É ver depois de estar cega.Saramago é genial, mas o textode J.Amado é puro deleite.

Que presente para um filho, ao nascer, ter ganho essa história!E que epifania reconhecer que Jorge Amado, para quem a critica (?) literária torceu o nariz tantas inumeráveis vezes a está contando para os anjos.

Enquanto estou por aqui, vou resgatar outras preciosidades que se perderam de mim.Preciso prestar mais atenção ao que me cerca, ignorar sapos que se fingem de príncipes e recnhecer que recebi alguns presentes tangíveis nesse tempo mau que passou.

Gizelda...absolutamente em paz.

ninguém exuma o silêncio.



flutuo no silêncio a coberto da discrição da noite. a dor em vias de extinção. e escrevo sobre a hesitação de um ponto de encontro a meio caminho entre o relâmpago e o trovão. sigo atrás de um pensamento que corre ao contrário e deposita um alfabeto novo à entrada da boca. suspendo aqui o assombro. as palavras novas pulsam como o sangue e ficam a doer se forem ditas.

não sei se o amor se mede pelos gestos que se fazem ou pelos que se omitem. o que eu digo é que só a morte é um crime perfeito. ninguém exuma o silêncio.

Maria José Quintella

às vezes desconfio que minha alma é portuguesa...

...unicamente sozinho.





Pouso-me perante a ponta de um lápis e de uma folha em branco. Salto logo lá para dentro e escrevo e escrevo e escrevo. Mal sei do suor que de tanto grito e paixão me corre pela ponta dos dedos e mergulha dos olhos até tudo querer pintar e apagar e pintar de novo e apagar e pintar. Queria o mundo num toque apenas e a vida num minuto. Para depois repetir e repetir e repetir... como as músicas da minha aparelhagem. Obsessivamente. Vivo como se a vida fosse acabar já. Às vezes sufoco(-me). Outras esqueço(-me) e deixo(-me) ir. No som de uma voz. No cheiro de um corpo. No abraço de um olhar. No sonho de uma mão. Deixo-me ir em mim e em ti e em todos que a meu lado querem a vida. Saltemos, então, nas praias que inventamos para nos cobrir. Assim sou feliz e assim sou infeliz. Completamente nos outros e unicamente sozinho.

Pedro Branco.

Por que demorei tanto para reencontrá-lo? Ele fala direto à minha alma.

Olá, Abril...



Se esse Março não terminasse logo...nem sei.

Ah!!! Felizmente é outono. Lindo.Lindo.

Abril!