sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Dilema.
O dilema está em saber parar e partir.
Enquanto não se instala o cansaço e brilha ainda a surpresa no olhar.
Enquanto for possível partir sem doer demasiado.
Antecipar o gesto de renúncia antes de chegar o momento de viragem. Antecipar – se ao tédio.
Dobrar a esquina sem vacilar.
Existe sempre um limite, para lá do qual tudo se transforma na rotina que mata devagar.
Ter coragem de fixar esse ponto e dizer: basta! Vou morrer sem ti, mas é preciso salvar o amor.
Maria José Quintela -http://dolugardemim.blogspot.com
sábado, 18 de outubro de 2008
Manta.
Só, o meu corpo
deixa-se aquecer
sem saber da cor
da próxima onda.
As estações
passam e
eu anuncio os rios.
Em cânticos
e gritos que
nascem dentro
do olhar. Não
sei se me dispo
ou se me
escondo. Só sei
que a minha pele
terá sempre o cheiro
das suas mantas.
Mais uma vez o belíssimo texto de Pedro Branco.
domingo, 12 de outubro de 2008
Assinar:
Postagens (Atom)