segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Poesia na manhã cinzenta...




Eu estou depois das tempestades.
O senhor nonada conhece de mim; sabe o muito ou o pouco? O Urucuia é ázigo... Vida vencida de um, caminhos todos para trás, é história que instrui vida do senhor algum? O senhor enche uma caderneta... O senhor vê aonde é o sertão? Beira dele, meio dele?... Tudo sai é mesmo de escuros buracos, tirante o que vem do Céu. Eu sei.

Diadorim tinha morrido - mil-vezes-mente - para sempre de mim; e eu sabia, e não queria saber, meus olhos marejavam.
- "E a guerra?!" - eu disse.
- "Chefe, Chefe, ganhamos, que acabamos com eles!...
Nas vozes, nos fatos, que agora todos estavam explicando: por tanto que, assim tristonhamente, a gente vencia.

Grande Sertão: Veredas (Guimarães Rosa)


A luz de Guimarães inunda o cinza de segunda-feira.Tornou-se domingo de sol!.

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